Marketing é coisa séria?

02 mar Marketing é coisa séria?

Marketing é coisa séria?
Por que um meme chama mais atenção que algo bem pensado e estruturado? Durante muito tempo houve a percepção de que todas as empresas e negócios deveriam refletir em sua comunicação uma imagem séria e pouco flexível, mas parece que isso mudou. Podemos observar diariamente como o uso do cômico pode ser uma ferramenta muito poderosa. Ao exemplo, na sua timeline ou no “em alta”, do Youtube, onde o que ‘reina’ são os memes e vídeos engraçados e polêmicos.
Essas barreiras foram quebradas e não parece existir muito espaço para quem não se adapte. É o caso do maior Youtuber da atualidade, Pewdiepie, que se utiliza de recursos de pós-ironia[1], metalinguagem, pensamentos não lineares, edições frenéticas e estética desleixada, para poder conduzir uma mensagem de forma descontraída e sem peso (mesmo que essa mensagem seja *não haver mensagem alguma*).
Como os leitores aqui da Peretta devem saber, o marketing usa o princípio básico que é o engajamento: quando você cria uma conexão com pessoas a probabilidade de ela ser induzida a sugestões de compra são maiores. E é justamente aí que entra a linguagem menos séria: ao quebrar paradigmas você “sai” do patamar de empresa-se-comunicando-com-um-cliente e passa a ser um companheiro, rindo de uma piada tola (um fenômeno também chamado de “relação parasocial”, em psicologia, se tratando da internet). O próprio mecanismo do cérebro humano contribui para isso: memórias emocionais tem maior prioridade do que memórias que querem raciocínio lógico (ou, para usar o termo correto, “esforço cognitivo”)[2]. Uma das explicações da neurociência é de que a Amígdala, parte do cérebro que ‘processa’ as emoções, está ao lado do Hipocampo, que é o local onde as memórias são geralmente processadas.